Os revivalismos, na altura em voga na Europa, estão presentes nas obras dos ceramistas caldenses da segunda metade do século XIX, através de modelos com decorações neo-renascentistas e neo-barrocas.
Esta vertente artística foi introduzida na cerâmica de Caldas por Manuel Cipriano Gomes O Mafra (1829-1905) e está presente na obra de Rafael Bordalo Pinheiro.
Manuel O Mafra recebeu o apoio de D. Fernando de Saxe Coburgo e o contacto com a sua colecção, bem como com Wenceslau Cifka e José Palha permitiu-lhe o acesso directo à cerâmica revivalista, tanto a “rústica” como a influenciada pela majólica italiana.
Esta vertente assinalou novos rumos, e traduz "uma visão mais alargada do mundo artístico internacional" patente num historicismo revelado em formas e decorações neo renascentistas e neo barrocas, sobretudo de influência italiana e que eram alvo de interesse por parte de um público mais erudito.
Palavras-chave: cerâmica, revivalismo, Palissy, faiança.